Je suis Charlie
✏📰 Tanto para dizer e um nó na garganta que não deixa nada sair.
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✏📰 Tanto para dizer e um nó na garganta que não deixa nada sair.
2014 foi o meu ano de "segunda oportunidade " Foi ano de aprender a confiar de novo, aprender a deixar-me ser amada e a amar sem carapaça, a lembrar-me que sou uma mulher capaz e útil... Voltei a trabalhar fora de casa, ter emprego certo, a trazer um ordenado meu, a sentir-me produtiva.. Acordei para a vida, voltei a ser a mulher e não só a mãe e esposa. Foi um ano vivido a pulso e aproveitado em plenitude de tal maneira que me custa um bocado que tenha chegado ao fim. Mas que venha de lá 2015 que cá estou eu!!!!
Ir à rua estender a roupa e ficar com a sensação que os dedos podem partir a qualquer momento tal é o frio que se fã, sentir...
Olhar para a janela de manhã cedinho e pensar: até esta bom tempo, vou levar mini-saia..
E passada uma hora ferra-se a chover o resto do dia.
As minhas pernas foram lavadas bastantes vezes hoje...
..pois tenho...
Um ano e tal depois, penso que estou de volta.
Foram muitos meses e muito intensos, momentos muito maus e momentos de pura felicidade.
Cresci e tomei decisões.
Acalmei a alma e voltei a ter vontade de escrever.
Este é um post apenas de intenção.
Espero que esta intenção, vire acção.
Até já..
Entrei para o Corpo de Bombeiros de Colares em 1996, na altura, com 13 anos e ansiando completar os 14 (coisa que acontecia em Agosto) para ser oficialmente uma cadete.
Sentia um orgulho imenso por estar entre todos aqueles valorosos homens e mulheres e por me ir tornar num deles, cresci entre fardas e Ambulâncias esperando ansiosamente o momento de ir combater o fogo, aconteceu lá para os meus 17 anos (já como Aspirante a Bombeiro de 3ª)...
O que se sente? Não sei explicar... adrenalina... talvez...Um frio na barriga, responsabilidade, respeito pelo fogo, uma força que nunca pensei ter .
Um Bombeiro em acção supera-se em todos os seus limites...
Deixei os Bombeiros por volta de 2008, depois de ser mãe e de me ser muito difícil conciliar...
Continuo a sentir um imenso respeito pelos meus colegas Bombeiros, que todos os dias dão o melhor de si aos outros, sem pensar duas vezes.
O sentimento não passa, não morre... a cada tocar da sirene, todo o meu corpo vibra e a cada noticia de Colegas mortos, toda a minha alma chora...
Ando desde o inicio desta "chacina" anunciada em forma de acidente, a querer escrever sobre o que sinto acerca disto, mas as palavras teimam em não sair e o coração teima em apertar-se mais um pouco a cada nova desoladora noticia....
Ah BOMBEIRO!
FOGO! FOGO! FOGO!
...dá preguiça de escrever....
neste momento estamos em modo: preparação de mergulho na piscina do G e da C...
Eu tive a sorte de conhecer todos os meus avós, e de conviver com eles. Acho maravilhoso a partilha, a ternura, a brincadeira e cumplicidade que esta relação promove...
Ainda tenho dois avós, a avó materna e o avô paterno...
Mas como em tudo, há Aquela Avó...
A avó que nos dá água com açúcar e gemadas e bolinhos secos às escondidas... que nos prepara os lanche sempre com um sorriso rasgado, que nos dá colo e nos faz todas a vontades...
Que nos dá uma moedinha que tinha no bolso e que para nós é um autentico tesouro...
Que diz o nome de todos os netos e filhos até finalmente acertar no nosso... e como igualmente à maioria dos avós, envelhece cedo de mais (porque os avós á semelhança dos pais não deviam envelhecer), e nos deixa uma saudade gigante que não cede...
A Minha Avó Ema...