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Prlinpinpin...

Pózinho daqui... Pózinho dali...

Prlinpinpin...

Pózinho daqui... Pózinho dali...

No seguimento...

... do meu post anterior, fiquei a saber que este senhor

vinha cá a zona, para um encontro com o tema: Más maneira de ser bons pais, promovido pela escola dos meus sobrinhos (que já foi a minha escola) e aberto à comunidade.

Lá fui eu toda contente, com a Sandrinha e a Inês e foi um serão muito bem passado!

Adorei!

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Educação para o amor.

"

Se as pessoas são mal-educadas para a boa educação e para a sexualidade como podem ser felizes? 


1.Aquilo a que se foi chamando boa educação tem-nos estragado, devagarinho. Em primeiro lugar, a esmagadora maioria das pessoas foi mal-educada para os sentimentos.

 
Porque lhes disseram que há sentimentos bons e sentimentos maus, como se uns fossem toleráveis e os outros interditos.


Ora, aquilo que distingue os sentimentos é mais simples. Todos os sentimentos, pareçam recomendáveis ou maus, são bons. Assim nos sirvam para nos aproximarmos de quem nos lê por dentro, e com eles percebermos que só a obscuridade que se atribui ao que sentimos é uma dor que perdura. E dor sem remissão é maldade. Os sentimentos tornam-se maus quando, através deles, descobrimos, muito depressa, que as pessoas com quem imaginávamos contar para lhes pormos legendas (e nelas encontrarmos entendimento para nós) se transformam em forças de bloqueio para o nosso coração. Todos os sentimentos que nos desencontram de quem nos ama são maus. E até o amor, se se desacerta de quem amamos, magoa. E pode, por isso, tornar-se mau.


Em segundo lugar, fomos todos mal-educados para a agressividade. 


A agressividade liga o corpo ao pensamento. É tão natural como a sede. Injecta ira ou paixão nos nossos gestos. Quando se expressa, a agressividade, liga-nos a quem nos lê. Torna-se lúdica e pró-activa. E ética. E só assim aprendemos a ser agressivos com maneiras. Mas quando se guarda expressa-se com efeitos especiais e aos impulsos. Quando os impulsos são insuflados com fantasias de violência guardam-se mais e transformam-se em rancor. Ou «ódio de estimação», se preferirem. E ele assusta. Porque nos torna amigos (assustados) da violência.
Pelo menos nalguns períodos da nossa vida, todos somos aos bocadinhos amigos da violência. Basta que fujamos de a confiar a quem nos lê. (Na maior parte das vezes, tentamos que a violência que se sente de fugida fique, hermeticamente, fechada, dentro de nós. Fechamos o rosto, fechamos os gestos, e até o sorriso se fecha num esgar.) Viver a violência não nos torna odiosos. Aliás, quando encontramos quem a legende para nós, os sentimentos maus podem ter nessa experiência de comunhão, a porta com que se abre a nossa redenção.
Em terceiro lugar, fomos mal-educados para as palavras. 


As palavras engasgam-nos os gestos quando falar devia aplainar o coração. Todos os sentimentos são bons, repito, sobretudo se forem clareados por palavras. Mas se falar em jacto dum sentimento, inquina-o com o medo de não ser entendido, falar de forma encriptada, como se bastasse dizer o que sentimos mesmo que ninguém nos entenda, torna-nos amigos da solidão. Ficando por entender, os sentimentos (que são clarividência e são o que nos une) transformam-se naquilo que desliga. Isto é: sentimentos sem palavras são ressentimentos.
E, finalmente, fomos mal-educados para a imaginação.


Porque nos recomendaram que imaginássemos antes de agir, quando isso é, muitas vezes, uma belíssima forma de complicar. E porque nos sugeriram comedimento nas fantasias como se se imaginasse de cabeça na lua. Imaginar não é agir. E, apesar disso, a vida é sempre mais fácil quando se vive do que quando se imagina. Imaginar será trair? De certo modo, sim. Sobretudo, o melhor de nós. Que só se revela quando se vive.


Porque fomos mal-educados para os sentimentos, para a agressividade, para as palavras e para a imaginação, toda a cor daquilo que sentimos foi ficando pálida e tristonha. Não falamos dos sentimentos. Não dizemos «não» nem nos zangamos sempre que é preciso. E refreamos a imaginação. Estamos mal-educados para a boa educação. E, quando é assim, como se pode amar do coração até à pele? 


2. Mas também fomos mal-educados para a sexualidade. Eu sei que são precisos muitos anos para se saltar – com transparência, autenticidade e bondade – da fantasia para os gestos com sexualidade. Mas muitas pessoas passam, precipitadamente, das fantasias sexuais à parentalidade. É por isso que é urgente falar da sexualidade não tanto como o princípio do prazer mas como aquilo com que as pessoas constroem a sua infelicidade. Pelos sentimentos que guardam. E com o silêncio com que os revestem.


É por isso, e porque foram acumulando anos de mal-entendidos, que vivem a sexualidade como um débito conjugal. Ou sentem-na como um imposto de valor acrescentado duma relação conjugal. Outras, descobrem (muito tarde) que nem sempre o seu melhor amigo será um grande amor. (São essas as pessoas que se refugiam nas dificuldades no adormecer de alguns dos seus filhos. Ou, logo que vivem a sexualidade como uma experiência de infelicidade, elegem as dores de cabeça como uma febre de sábado à noite. Ou adormecem, clandestinamente, todos os dias, no sofá. Para protecção de todas elas, que serão a maioria dos portugueses, deveríamos tomar a sexualidade como uma questão de saúde pública.)


É por isso que a sexualidade não é tão natural como a sede. Apesar do desejo ser amor à primeira vista, a paixão é amor à segunda vista e o encantamento um amor à terceira. Não é um impulso biológico que se esgota num orgasmo e que daí se confunda alívio com prazer.
A sexualidade faz bem à saúde. Embora o erotismo não seja um lado animal que age em nós. O erotismo serve para ir ao encontro do outro. Mas só a ternura permite que se vá ao encontro do interior do outro (e do seu impacto estético na nossa vida).


A sexualidade é uma forma de conciliar – num só gesto – sensações, sentidos e sentimentos. E fazê-lo em dois ritmos que se casam numa mesma cumplicidade. E numa comunhão entre pessoas que se despem por dentro. 


A sexualidade leva-nos da superfície do corpo ao fundo da alma. Logo que se toca na pele toca-se dentro. Logo que se toca dentro o outro deixa de ser nosso. Deixa de ser outro. Passa a ser parte de nós.

Por tudo isto:
É urgente dessexualizar a educação. Deixar de imaginar que a proximidade pega fogo e que duas pessoas, em contacto com o ar, se tornam produtos mais ou menos inflamáveis. 


É urgente inabilitar todas as formas que tomam a sexualidade como uma tecnocracia para a felicidade. Quer quando se transforma a educação sexual numa burocracia de gestos isolada do afecto. Quer quando se fala de disfunções sexuais à margem dos ressentimentos que se esgueiram do corpo, sempre que são silenciados.


É urgente compreender que cada abraço não é um quero-te! mascarado de ternura, e que os sentimentos não se devem guardar fora do alcance das pessoas.


É, também, urgente desmentir que a contenção é o topo de gama da natureza humana, ao pé da qual todo o prazer deve ser castigado. O prazer é uma forma de descobrir que a minha liberdade começa onde começa a do outro.


É urgente fantasiar. As fantasias que nos surpreendem são próprias de quem namora com a vida. É por isso que a fantasia é o paraíso fiscal das infidelidades. Os pensamentos põem dúvidas onde parecia só poder existir a unanimidade da paixão e trazem infidelidades onde, antes, parecia só se tolerar a unicidade dos afectos. «Pecar» por pensamentos e por omissões faz bem à sexualidade. Põem em dúvida quem temos connosco: comparam, ambicionam e devaneiam. Pecar por pensamentos enriquece a relação amorosa, expande a sexualidade para fora do corpo e devolve-o ao pensamento com a convicção de que só pecando se chega ao céu. 


É urgente explicar que é proibido casar com o primeiro namorado. Pois só a pluralidade das experiências que nos interpelam torna urgente descobrir o que queremos em alguém que nos queira. 


É urgente acarinhar uma cultura do prazer. Prazer não é alívio. Prazer a qualquer preço é solidão. Prazer pelo prazer masturbação. Mas se for 1 em 2, prazer é comunhão. 


É urgente proibir que se case para sempre. E que se diga que uma relação, se não se cuida, não perdura amorosa, para sempre. Só as relações preciosas são frágeis. Só elas, sempre que nos decepcionam, nos matam para o amor. 


É urgente dizer que amar é sentir e palavrear duma só vez. É dizer eu e tu ao mesmo tempo. É esperar que o outro saiba sempre mais de nós do que nós próprios. É conceber a diferença entre imaginar que se voa e aprender a voar. E descobrir que um amor só é amor quando nos diz: sente-me em ti, olha por mim, fala por nós. ."

                                                                                   In: Pais & Filhos Escrito por Eduardo Sá Sexta, 24 Setembro 2010

Os piolhitos.

Tudo bem com eles, este inverno (batendo na madeira) ainda não trouxe grandes maleitas, tirando um tosse ligeira de vez em quando no Kiko e 1/2 dias de febre que teve em Dezembro sem mais qualquer sintoma.

Estão crescidos, falta menos de um mês para o Kiko fazer 5 anos (CINCO), nem posso crer. Já pergunta todos os dias se ainda faltam muitos dias para a festa {#emotions_dlg.lol}.

Está naquela "famosa" fase dos 5 anos, em que sabem tudo e é sempre como eles sabem e com a teimosia no máximo, há dias que já nem o vejo bem; mas como diz a médica: quando chegar a esse ponto pense que isto tudo é normal e saudável!

 

O piolho mais novo tem ja tem dois dentes de fora, põe-se de pé agarrado ás coisas, diz uns uoás (olás), chama a mama, gatinha ao contrário ( para trás), farta-se de brincar e adora bolachas.

Na consulta dos 9 meses media 70cm e pesava 9.330 kg, e estava tudo 5*

Continua a mamar de noite de 2 em 2 horas{#emotions_dlg.sleeping} e por isso mesmo (e que se *ix* o resto) dorme na nossa cama.

 

De resto, tudo bem, com este Solzinho maravilhoso que é bom para tratar da hortinha, dar passeios e ainda aquece a Alma.

   

 

 

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Surpresas, boas e más...

Sou uma pessoa como as outras, com as minhas qualidades e os meus defeitos, que penso estarem na proporção certa.

Para mim, nem todos os meus conhecidos, são efectivamente meus amigos, pertencendo estes a um grupo por mim bem definido, se bem que sempre aberto a novas aquisições. Não sou simpática á primeira vista, mesmo por isso, porque não é por conhecer que tenho logo que me dar mais profundamente.

Vou construindo as amizades, sem pressas, sem entraves, sem pressões, se bem que existem umas 2 ou 3 pessoas, que desde o primeiro contacto se tornaram amigas.

Ora bem, aos meus amigos, eu dou tudo de mim, estou sempre que precisam (ou tento estar), faço das tripas coração quando alguma precisam de uma mão, ombro, ouvido, presença.

Mas, tenho um grave defeito,  espero que no reverso da medalha, também o façam!

Este ultimo ano, serviu-me também para perceber, quais os meus verdadeiros amigos, quais os que só de olhar para mim sabem que não estou bem, que sabem que quando desapareço, alguma coisa não está bem, e que preciso desse recolhimento, sem se ressentirem, sem amuos nem indignações. Sabem que gosto da frontalidade, nua e crua. 

Mas, tive umas 2 ou 3 desilusões no decorrer do ultimo ano, desilusões que apesar de eu dizer, que não quero saber, me doem, me moem, me irritam. Ao menos tivessem a coragem de me confrontarem com as suas duvidas!

Estou tranquila com o que terá provocado estes rompimentos, pois sei que nada fiz para que tivessem acontecido, simplesmente recolhi-me, tanto por necessidade pessoal, como por imposição médica.

Também ouve amigos  (nos quais também se inclui alguma família), que se mostraram dignos desse nome, que me surpreenderam pela positiva, que me apoiaram, me suportaram, me animaram, e principalmente, respeitaram a minha necessidade de recolhimento, continuando a pairar junto a mim sem imposições!

Fica aqui o meu MUITO OBRIGADA  a TODOS os que me apoiaram nesses momentos.

  

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2010

2010 foi uma ano difícil, muito difícil diria mesmo.

Um ano que prometia ser maravilhoso, com o crescimento da família, coisa que desejávamos já havia algum tempo.

Mas logo em Fevereiro, 2010 fez-se anunciar bastante complicado. A gravidez que desde o inicio se fez de sobressaltos, teve neste mês o seu pico de ansiedade, medo, revolta, e nervos (muitos).

No dia 19 de Fevereiro, dia do 4º aniversário do Kiko, fomos fazer a eco do 3º trimestre e tudo estremeceu!

Seguiram-se, 2 meses de seguimento médico apertado, ecografias semanais, choro diário, medo, ansiedade, positivismo/descrença, sentimentos mistos e variados, num autentico carrossel emocional.

Durante este tempo, preparei o Kiko para o facto de a mãe e o mano terem de ficar algum tempo no hospital, a tratar do doi-doi do mano. Durante toda a gravidez o Kiko foi maravilhoso, sempre muito preocupado com o mano, eu quase não me podia mexer, que ele já me dizia:- tem cuidado mãe, podes magoar o mano! Ihihih!

Este problema, apesar de nós tentarmos ao máximo estar tranquilos ao pé dele e transmitir-lhe confiança, acabou por afecta-lo também, por vezes, dizia que sentia vontade de chorar e não sabia porquê. Mas apesar disso sabia que ele conseguia perceber que o mano tinha doi-doi, mas ia ficar bem.

Até que na madrugada de 16 de Abril, após 18 horas de trabalho de parto, vivido na incerteza de como nasceria o nosso bebé, e já com a sentença de que seria levado o quanto antes para a neonatologia e de lá sairia apenas depois da operação, ouvi o melhor som do mundo: O Choro do David,que de tão forte, que tive a certeza, logo ali, que só podia estar bem! E estava; depois de uma rigorosa observação médica, a Neonatologia colocou-o de novo junto a mim, porque estava bem, tinha nascido assintomático e poderia ficar comigo, apesar de com alguns cuidados extra e de daí a poucas horas ter de começar a realizar alguns exames.

Era tudo o que eu queria ouvir naquele momento.

Dois dias depois, regressamos a casa, e vivemos os 6 meses seguintes, sempre muito alerta para qualquer sintoma ou complicação, sempre tentando que o David estivesse estável para que a cirurgia pudesse ser só aos 6 meses, que seria o ideal (já mais forte para as drogas necessárias e ainda com a capacidade de regeneração do órgão, que mais tarde perde-se), e assim foi, foi operado 3 dias depois de ter completado 6 meses.

No mês que antecedeu foi terrível, do ponto de vista psicológico. Dizia para mim que tudo iria correr bem, mas só pensava nos riscos envolvidos, e se acontecesse isto, ou acontecesse aquilo brrrrrrr, se houvesse um botão para desligar o cérebro era tão bom!

Chegou o dia, e os nervos apertaram. Estávamos internados desde o dia anterior para fazer os últimos exames e analises; Eram cerca das 8.45 da manhã quando entrei no bloco com o David ao colo e o entreguei aos anestesistas a enfermeira, que em jeito de descontracção faziam picardias uns com os outros, para verem quem o levava ao colo.

Esperamos, esperamos, esperamos (nestas altura o tempo parece estático), uma das cirurgiãs que já conhecia, de vez em quando ia ao bloco para nos trazer notícias.

Acabou! Acabou a cirurgia, mãe e pai, podem vir ao meu gabinete - Drª  M.

Fomos e ficamos a saber que o "bicho mau" era maior do que se pensava, mas tudo correu muito, muito bem, apesar de ser uma cirurgia bastante delicada por ter o coração a bater encostado ás mãos (segundo a cirurgiã) e ter de se agir na pausa de cada batida, não houve nenhuma complicação.

UFFFFFFFF, alivio!

Ainda tivemos de esperar mais 2 horas par o ver, pois esperávamos que o extubassem do ventilador.

Quando finalmente chegaram a médica e a enfermeira responsáveis por ele na uciped (unidade de cuidados intensivos pediátricos), lá vimos e acompanhamos o nosso bebé na transferência até a referida uciped. Ao chegar ao pé do David tive, aquela que foi sem duvida, a pior visão da minha vida, o  meu filhote tinha tubos e maquinas por todo o lado, estava completamente sedado e ainda assim gemia muito.

Esta visão bem como outras do mesmo calibre vividas nestes dias, têm me atormentado bastante, aparecendo em flash, assim do nada. É terrível!

Adiante. Nesse dia 1º dia na uciped, o David estava irreconhecível, um olhar sem expressão, um gemido constante, nada o sossegava, tudo apitava...

A minha alma estava desfeita...

Não aguentei, não conseguia mais vê-lo assim, e a conselho do pessoal médico e visto o David estar sedado, vim a casa dormir, ficando o Gil no meu lugar...

No dia seguinte, ao chegar, soube que a noite tinha sido bastante complicada, mas que o nosso bebé estava a começar a sossegar, pois tinham aumentado a dose de morfina. Nessa mesma noite a cirurgiã voltou lá pedir e ver um RX, que teve a tão pouco horas de pós cirurgia excelentes resultados! Lá passamos mais um dia os dois na beira da cama do nosso pequenino, rodeados que enfermeiras e médicos que nada deixam escapar aos meninos lá internados (cada caso pior que o outro, nós sabíamos que o pior tinha passado, mas aqueles pais ainda tinham muito mais a penar com os seus filhotes).

A 2ª noite na uciped foi consideravelmente melhor, fiquei lá, dormitando quando conseguia, porque ali não há dia e noite, o correpio é constante. Nesta mesma noite o David começou a receber leitinho do meu pela sonda, aos poucos, 20ml em 2 horas, sim, não me enganei, 20ml.

Na manha seguinte tentou-se desligar o oxigénio, que foi mais uma etapa passada com sucesso. As coisas estavam a começar a encaminhar-se.

Esteve bem, e baixaram um pouco a morfina, ele aguentou-se,  e como teve os sinais vitais e tudo o resto sempre estáveis ao fazer 48 horas nos intensivos, pode subir para a enfermaria, ainda ligado á morfina, ao oximetro ao soro, com a sonda de alimentação e com os drenos, mas já sem a sonda de oxigénio e nem os restante fios que mediam os ciclos respiratórios, tensões ritmo cardíaco e etc...

Ja mais acordado, o David mostrava-se bastante irritado comigo, coisa que ainda me partia mais o coração.

Todas as manipulações eram bastante complicadas, banho, troca de fralda, procedimentos de enfermagem, devido as dores que os drenos provocavam. Cada dreno estava "enfiado" cerca de 5 cm dentro da caixa torácica.

Mas a cada dia que passava o David mostrava a força que tinha e ao fim de 7 dias de internamento e 2 dias antes do previsto, teve alta e podemos regressar a casa com a indicação de voltar dentro de 2 dias!

UFFFFFF 

Estávamos de volta a casa, matei as saudades do meu Kiko que conseguiu a espectacular proeza de partir a cabeça durante o internamento do mano, e que saudades tinha!!!

Nessa noite, quando me fui deitar, tive uma estranha mas óptima sensação, pela 1ª vez em muitos meses ia deitar-me leve, sem moer preocupações, sem virar-me vezes sem conta para adormecer, sem chorar baixinho, simplesmente deitei-me e adormeci.

A recuperação do David tem sido óptima, so nos resta dar tempo ao tempo e deixar que o pulmão faça o seu trabalho e se regenere.

Hoje, sou muito mais feliz que alguma vez fui. A minha relação com o Gil, se já era boa, agora ficou mais ainda. A minha visão da vida e dos problemas mudou radicalmente. o que dantes me parecia um problema do tamanho do mundo, agora não tem importância. E o que realmente me importa, é vê-los crescer saudáveis, fortes a ganharem asas e a caírem e voltarem a levantar-se e a sujar-se e a aprenderem e a rirem e a apaixonarem-se e a brincarem e a viverem muitooooo!!!

Quero é viver cada dia, com a importância que ele merece, porque o amanhã não existe e o ontem já passou!

Este ano, que foi talvez dos mais difíceis da minha vida, foi um dos que me ensinou mais...

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(este post, foi feito em jeito de terapia, para me consegui exprimir, sobre o que se passou, porque como "elas não matam mas moem" estou com um bloqueio emocional, mas que em breve também fará parte do passado)